domingo, 6 de dezembro de 2009

Uma noite à parte...

Nouvelle Vague (foto: Luís Rocha Graça)

A banda francesa de versões mais conhecida da actualidade deu na passada noite de sábado no Teatro Sá da Bandeira no Porto, mais um contagiante e enérgico concerto.

A cidade do Porto, acostumou-se já aos Nouvelle Vague. Após as suas passagens em 2006 e 2008, no teatro Sá da Bandeira, e no verão deste ano, por ocasião do festival Super Bock Super Rock, onde tiveram a difícil tarefa de entreter uma desiludida plateia que ansiava pelos Depeche Mode, a banda francesa reencontrou uma legião de fãs que ansiavam por mais uma noite de energia.

Nouvelle Vague (foto: Luís Rocha Graça)

Um pequeno mas sensacional aquecimento de trinta minutos executado pelo também vocalista e guitarrista convidado dos Nouvelle Vague, Gerald Toto, ditou o início da noite. Senhor de uma poderosíssima voz , e uma humildade em palco magnética, apresentou três músicas do seu album que estreará no início do próximo ano e que funde ritmos caribenhos com o Nu Soul e R’n’B.



De seguida, a vez foi dada à já residente voz dos Nouvelle Vague, Melanie Pain e o seu actual projecto a solo My name, em conjunto com o multi-instrumentalista Paul. Canções suaves, sobretudo baseadas na “ingenuidade” da voz de Melanie, contrastaram com letras bem contruídas e mais explícitas. A prestação foi pontuada igualmente pelo anúncio do “terceiro” elemento deste projecto a solo, que Melanie fez questão de sublinhar, salientando que a sua proeminente barriga não se devia a ter engordado.

Nadeah Miranda (foto: Luís Rocha Graça)

Batiam as 23:00 horas e arrancavam os Nouvelle Vague com os primeiro acordes de 100 hundred e Master and servant. A australiana Nadeah Miranda , igual a si mesmo, desferiu durante todo o concerto a sua hipnótica energia, e contagiou toda a plateia com a sua sensualidade e voz levemente roufenha, qual Brigitte Bardot. Como não podia deixar de ser, e como já vem sendo hábito, no tema “Too drunk to fuck” Nadeah não deixou de mergulhar na multidão que enchia o espaço do Teatro Sá da Bandeira, para deleite dos seus fãs – um autêntico furacão.

Nadeah Miranda (foto: Luís Rocha Graça)

A outra grande surpresa da noite foi a estreia em Portugal da nova vocalista da banda fracófona, a luso-descendente actriz, apresentadora de televisão, modelo e cantora Helena Noguerra, que não sendo tão efusiva quanto a sua companheira Nadeah, ganhou facilmente a afeição do público ao saudar por variadas vezes, num português perfeito, o público que assistia.

Helena Noguerra (foto: Luís Rocha Graça)

O alinhamento de cerca de vinte e quatro temas, estendeu-se por cerca de duas horas, e percorreu as principais músicas dos três álbuns lançados pela banda. Road to Nowhere, Heart of Glass, God save the queen e Dance with me, com a presença de Melanie Pain, Sweet dreams e Relax com a fabulosa prestação vocal e instrumentalista de Gerald Toto, foram alguns dos temas que fizeram que esta fosse mais uma noite memorável.

Ao fim de três encores, a banda despediu-se com Helena Noguerra a entoar A matter of speaking, fechando assim uma noite de grande qualidade no velhinho Teatro Sá da Bandeira.

Helena Noguerra (foto: Luís Rocha Graça)

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Lisa


É hoje que uma das vozes mais frágeis e belas do jazz contemporâneo se apresenta na cidade do Porto em concerto. Eu vou...

A realidade incomoda


Foi sempre um sonho do Homem poder representar a realidade do seu mundo da forma mais realista possível. Na arte, desde as cenas de caça de animais, até às esculturas de Miguel Ângelo, todo o processo de aperfeiçoamento da representação da realidade foi uma constante, contudo devido quer aos meios em que essas obras de arte eram apresentadas, quer à própria interpretação do artista da realidade que o rodeava, os resultados, apesar de serem realistas, eram apresentados como meras representações.

Hoje em dia a evolução constante da sociedade, levou a uma procura cada vez maior pelo que é real, pelo que choca, pois "já tudo foi inventado". Nada mais falso... E ainda só estamos no início.

Foi isto que me fez repensar se queremos mesmo ver a realidade das nossas vidas. Este artigo no blogue do site Webdesigner Depot, apresenta uma série de artistas e as suas obras baseadas numa nova tendência de escultura conhecida por escultura foto-realista. Duvido que alguém passe indiferente a estas obras.