sábado, 11 de junho de 2011

Gift vs Johanson - A noite dos contrastes


Quem teve a oportunidade de ter estado na passada noite de véspera do Dia de Portugal no Clubbing na Casa da Música esperava que acontecesse um grande contraste musical, mas possivelmente ninguém estaria tão preparado para um contraste tão radical.

O Clubbing de Junho tinha à partida tudo para funcionar. Para começar dois grandes nomes, um nacional, bem conhecido, com um álbum acabado de sair para as lojas e uma carreira já bem sólida de mais de uma década; o outro, sueco, ligado aos inícios do trip-hop e com dez álbuns lançados, tendo tido algumas mutações ao longo igualmente de mais de duas décadas, mas cujo primeiro álbum foi uma enorme pedrada no charco da música electrónica dos meados dos anos 90.


Os Gift, deram um competente concerto onde apresentaram o seu último trabalho – Explode. O concerto, muito equilibrado, pautou sobretudo pelos momentos de força trazida pelos temas mais reconhecidos da sua carreira, inteligentemente bem distribuídos pela mais de hora e meia de performance. Um concerto sem dúvida de força e que surpreendeu.


Com pontualidade britânica, o sueco Jay-Jay Johanson subiu ao palco para brindar a sala 2 da Casa da Música com algumas das sua novas composições de Spellbound, o seu mais recente álbum. Acompanhado por um minimalista piano (e por vezes um melancólico Fender Rhodes), Johanson expôs a nudez da sua aparentemente frágil voz a uma plateia que em variados momentos trauteou as letras sobretudo do seu primeiro registo, Whiskey. De referir a brilhante ligação da música de Jay-Jay com as imagens de alguns dos screen-tests filmados na Factory por Andy Warhol.






Todas as fotos por Luís Rocha Graça