domingo, 12 de agosto de 2012

Krug Vintage 1981


Há situações em que só o melhor do melhor faz sentido. Este é o primeiro brinde à saude do meu Francisco.

Foi talvez o champagne mais surpreendente que alguma vez bebi na minha vida. Surpreendente em três pontos, na ocasião, no valor e na experiência. Passo a explicar. A ocasião, penso ser óbvio, não é todos os dias que temos um filho e quando é o primeiro, tudo está dito. O valor, que aqui não é o monetário, é o valor de ter sido partilhado pelas pessoas mais importantes do mundo - minha família. Por último, a experiência, e aqui quero focar o quanto diferente este champagne sabia do normal dos champagnes e/ou espumantes.  Percebia-se que existia algo de diferente quando nariz nos dava notas de aromas torrados, mais precisamente de café, sim cheirava verdadeiramente a café, àquele cheiro que sentimos quando passamos perto de Casa Christina no Porto, contudo o mais interessante é o facto do cheiro modificar-se ao longo das duas horas que duraram o almoço, algo que se espera de um vinho de topo, e de facto isso aconteceu. Os aromas acabaram por passar por cambiantes mais amanteigados e de frutos secos. Um absoluto deleite para os sentidos. Na boca, ao primeiro trago, sentia-se que se estava perante algo de muito diferente -  uma acidez contrabalançada com um pico de gás.

Em suma, e mais do que uma experiência exclusivamente sensorial, é uma experiência que apenas faz sentido quando partilhada com quem se ama.

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